quinta-feira, 21 de junho de 2007

Palavras Silenciadas

Mais uma noite fria e melancólica, mais um dia curto, vazio; mais pedaços de céu e de solidão a caírem sobre a minha alma, pequena e trapalhona, fazem-lhe buracos que se vão tornando cada vez maiores; mais estrelas a perderem o brilho na infinita escuridão do meu pensamento; mais tristeza, mais medo, menos confiança.
Assim é cada dia que passa e cada noite que teima em não deixar dormir. Assim é em todos aqueles dias em que as palavras ficam presas na boca, teimam em sair, querem mesmo sair, mas nunca saem, nunca têm força suficiente, estão fracas. Não estão construídas na perfeição, não são motivadas para tal, não são convictas, se calhar não estão prontas para saírem; são palavras alimentadas pelo sentimento que o coração tem vindo a guardar e que a mente não consegue controlar.
Afinal, são só meras palavras…

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Quero poder abraçar-te e sentir-te bem junto a mim… bem junto ao meu peito! Abraçar-te e saber que estás perto, abraçar-te e saber que posso contar contigo para me protegeres, para sentir o teu calor, para que me envolvas em ti, para tudo e para nada também!
Quero abraçar-te bem intensamente, com muita força, e ficar assim o tempo que for preciso, o tempo que quiser… sem me importar que passe depressa ou devagar e se parasse tanto melhor, para poder ficar assim contigo para sempre, para mais profundamente te sentir! Para sentir o teu corpo junto ao meu, as tuas mãos nas minhas costas a apertarem-me contra ti, a tua respiração, o bater do teu coração, as palavras doces e carinhosas que me dizes ao ouvido e pensar para mim “ epah…é mesmo contigo que estou bem, é mesmo contigo que quero ficar!”


Agora até tenho medo que me abraces de tal maneira…
Porque assim que o fizeres terás que me aturar por muito tempo…porque eu nunca mais te irei largar… nunca nunca nunca!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Começo

não foi preciso muito. nem tempo. nem sequer inspiração.
[nada]
era a vontade. puxava por nós. queria-nos. sussurava.
e nós, com muito esforço [ou nenhum] tentámos contrariar.
empurrámos em contrário.
mas a força era [é] pouca.
e deixámos de tentar.
[tal como deixámos de tentar muitas outras coisas]

agora o que nos resta é a imaginação...


vamos tentar de novo? :D